Esta semana mais uma flor se foi
frente a violência que mata como em uma guerra, a bem da verdade esse
assassinato, da vereadora da cidade do Rio de Janeiro pelo PSOL
Marielle Franco, nos deixa mais assustados ainda, não pelo fato de sua
morte, até porque estão morrendo inocentes todos os dias, mas sim pelo fato de
ser uma vereadora, pois o povo que esta acostumado a acompanhar as notícias do
assassinato de pessoas anônimas, reféns de uma guerra urbana anunciada, que
esta acostumado a chorar a morte de policiais que saem de casa para trabalhar
sem saber se irão retornar, de repente se deparam com o assassinato de alguém
importante, que acreditam estar livre de tais incidentes por conta de seu
status profissional e do cargo que ocupa, este mesmo povo que até está se
acostumando a ver políticos sendo indiciados, presos por crimes que envergonham
o país, mas não mortos, isso é novidade entre nós, contudo são eles, como nós,
apenas mais um número para a estatística, como a juíza em Niterói a anos atrás.
Este medo, crescente em nós é a confirmação de uma tragédia anunciada, como
disse a viúva do motorista que acompanhava a vereadora, “já se tornou clichê ser
mais um para a estatística”, estatística essa que só cresce em meio a uma “meia
intervenção federal” , que nos leva a pensar onde erramos estes anos todos em
que votamos no bolsa família, no PAC (Programa
de Aceleração do Crescimento), que vibramos com a Copa do Mundo, com as
Olimpíadas, enfim, hoje o que nos restou foi apenas um estado quebrado, uma
cidade “sem lei” e os cemitérios cada vez mais lotados de corpos. Esta guerra
só nos traz uma certeza, a de que preferíamos não sediar nada e talves estivéssemos muito
melhor do que estamos hoje, porque embora possamos ver mudanças significativas
em nossa cidade nos deparamos com o outro lado, o lado cruel de quem deixou
correr frouxo, acreditando em mudanças, em um falso “Messias” salvador da
pátria que por fim nos tirou o nosso único bem, “A dignidade!”, dignidade de
poder acordar cedo e ir trabalhar, com a certeza que voltaria para casa em paz,
a dignidade de que não precisaríamos escolher
entre “almoçar” ou “pagar xerox de currículos” para tentar uma vaga prover o sustento ao nosso
lar. As ideias dessa querida vereadora que se vai são hoje a esperança na
mudança, em um mundo mais bem dividido, mais humano, onde a diversidade contribui
e não é dividida pelo preconceito e o radicalismo, a crueldade e a frieza
daqueles que tentaram calar mais de 46 mil vozes não pode ficar em pune frente
ao apoio de tantas outras vozes que neste momento se juntam a elas para
pedir justiça, e que essa justiça não
seja a única e sim o princípio de uma série que só terá fim no dia em que a paz
voltar a reinar neste país tão desigual e carente de exemplos como a Marielle
Franco. Mas não é hora de chorar e sim de se mobilizar para mudar, porque ficar atrás de um computador só assistindo não é mobilização e sim uma forma de se acomodar! é preciso sair e enfrentar nossa atual situação de frente! com coragem e esperança que tais fatos não ocorrerão mais porque nós resolvemos lutar contra isso da forma certa, correta e pelos motivos certos, sem baderna, quebra - quebra, etc... pois, afinal de contas, quem manda no Brasil é o brasileiro! você é brasileiro? então mude de atitude para mudar o Brasil.
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