sexta-feira, 16 de março de 2018

MARIELLE, PRESENTE!



Esta semana mais uma flor se foi frente a violência que mata como em uma guerra, a bem da verdade esse assassinato, da vereadora da cidade do Rio de Janeiro  pelo PSOL  Marielle Franco, nos deixa mais assustados ainda, não pelo fato de sua morte, até porque estão morrendo inocentes todos os dias, mas sim pelo fato de ser uma vereadora, pois o povo que esta acostumado a acompanhar as notícias do assassinato de pessoas anônimas, reféns de uma guerra urbana anunciada, que esta acostumado a chorar a morte de policiais que saem de casa para trabalhar sem saber se irão retornar, de repente se deparam com o assassinato de alguém importante, que acreditam estar livre de tais incidentes por conta de seu status profissional e do cargo que ocupa, este mesmo povo que até está se acostumando a ver políticos sendo indiciados, presos por crimes que envergonham o país, mas não mortos, isso é novidade entre nós, contudo são eles, como nós, apenas mais um número para a estatística, como a juíza em Niterói a anos atrás. Este medo, crescente em nós é a confirmação de uma tragédia anunciada, como disse a viúva do motorista que acompanhava a vereadora, “já se tornou clichê ser mais um para a estatística”, estatística essa que só cresce em meio a uma “meia intervenção federal” , que nos leva a pensar onde erramos estes anos todos em que votamos no bolsa família, no PAC  (Programa de Aceleração do Crescimento), que vibramos com a Copa do Mundo, com as Olimpíadas, enfim, hoje o que nos restou foi apenas um estado quebrado, uma cidade “sem lei” e os cemitérios cada vez mais lotados de corpos. Esta guerra só nos traz uma certeza, a de que preferíamos não sediar nada e talves estivéssemos muito melhor do que estamos hoje, porque embora possamos ver mudanças significativas em nossa cidade nos deparamos com o outro lado, o lado cruel de quem deixou correr frouxo, acreditando em mudanças, em um falso “Messias” salvador da pátria que por fim nos tirou o nosso único bem, “A dignidade!”, dignidade de poder acordar cedo e ir trabalhar, com a certeza que voltaria para casa em paz, a dignidade de que não precisaríamos  escolher entre “almoçar” ou “pagar xerox de currículos” para tentar uma vaga prover o sustento ao nosso lar. As ideias dessa querida vereadora que se vai são hoje a esperança na mudança, em um mundo mais bem dividido, mais humano, onde a diversidade contribui e não é dividida pelo preconceito e o radicalismo, a crueldade e a frieza daqueles que tentaram calar mais de 46 mil vozes não pode ficar em pune frente ao apoio de tantas outras vozes que neste momento se juntam a elas para pedir  justiça, e que essa justiça não seja a única e sim o princípio de uma série que só terá fim no dia em que a paz voltar a reinar neste país tão desigual e carente de exemplos como a Marielle Franco. Mas não é hora de chorar e sim de se mobilizar para mudar, porque ficar atrás de um computador só assistindo não é mobilização e sim uma forma de se acomodar! é preciso sair e enfrentar nossa atual situação de frente! com coragem e esperança que tais fatos não ocorrerão mais porque nós resolvemos lutar contra isso da forma certa, correta e pelos motivos certos, sem baderna, quebra - quebra, etc... pois, afinal de contas, quem manda no Brasil é o brasileiro! você é brasileiro? então mude de atitude para mudar o Brasil.

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